O que é: Demissão por justa causa

O que é Demissão por justa causa

A demissão por justa causa é uma forma de rescisão do contrato de trabalho em que o empregador dispensa o funcionário de suas funções devido a uma falta grave cometida pelo empregado. Essa falta grave deve estar prevista na legislação trabalhista e no contrato de trabalho, e deve ser de tal gravidade que torne insustentável a continuidade da relação de emprego. A demissão por justa causa é uma medida extrema e deve ser aplicada com cautela, pois pode acarretar em consequências legais para o empregador.

Legislação trabalhista

A legislação trabalhista brasileira prevê as hipóteses em que a demissão por justa causa é cabível. Entre as principais faltas graves que podem levar à demissão por justa causa estão o roubo, a embriaguez no local de trabalho, a insubordinação, a violação de segredo da empresa, entre outras. É importante ressaltar que a demissão por justa causa deve ser fundamentada em provas concretas da falta grave cometida pelo empregado, para evitar questionamentos judiciais.

Procedimentos para demissão por justa causa

Antes de proceder com a demissão por justa causa, o empregador deve garantir que todas as medidas disciplinares cabíveis tenham sido tomadas, como advertências e suspensões. Além disso, é fundamental que a demissão por justa causa seja comunicada ao empregado de forma clara e objetiva, especificando os motivos que levaram à decisão. O empregador também deve fornecer ao empregado demitido os documentos necessários para o recebimento das verbas rescisórias.

Verbas rescisórias na demissão por justa causa

Na demissão por justa causa, o empregado tem direito apenas às verbas rescisórias previstas em lei, como saldo de salário, férias vencidas e proporcionais, 13º salário proporcional, e saque do FGTS. O empregado demitido por justa causa não tem direito ao aviso prévio indenizado, à multa de 40% sobre o saldo do FGTS, e ao seguro-desemprego. É importante que o empregador esteja ciente das verbas rescisórias devidas ao empregado demitido por justa causa, para evitar problemas trabalhistas.

Consequências da demissão por justa causa

A demissão por justa causa pode acarretar em diversas consequências para o empregado, como a perda do direito ao seguro-desemprego, a dificuldade em conseguir um novo emprego, e a mancha em seu histórico profissional. Além disso, o empregado demitido por justa causa pode ter dificuldades em obter referências positivas de seus antigos empregadores, o que pode prejudicar sua carreira no futuro. Por isso, é importante que o empregador avalie com cautela a necessidade de aplicar a demissão por justa causa.

Reversão da demissão por justa causa

Em alguns casos, o empregado demitido por justa causa pode recorrer à Justiça do Trabalho para tentar reverter a demissão. Para isso, o empregado deve apresentar provas de que a falta grave alegada pelo empregador não ocorreu, ou de que não foi tão grave a ponto de justificar a demissão por justa causa. A reversão da demissão por justa causa pode resultar na reintegração do empregado ao seu posto de trabalho, com o pagamento das verbas rescisórias devidas.

Conclusão

Em resumo, a demissão por justa causa é uma medida extrema que deve ser aplicada com cautela e fundamentada em provas concretas da falta grave cometida pelo empregado. É importante que o empregador esteja ciente das consequências legais e trabalhistas da demissão por justa causa, e que siga os procedimentos corretos para evitar questionamentos judiciais. Por outro lado, o empregado demitido por justa causa deve estar ciente de seus direitos e das possibilidades de reversão da demissão, caso se sinta injustiçado.