O turismo brasileiro nunca esteve tão ativo: estudo revela crescimento de 32% nas reservas e impacto econômico bilionário.
Sumário
- 1 Cidades médias viram novas estrelas do turismo
- 2 Turistas internacionais reforçam a demanda
- 3 Turismo nacional registra avanço nas reservas e Nordeste lidera crescimento, aponta CasaTemporada
- 4 Impacto econômico vai muito além da hospedagem
- 5 Microtemporadas: a nova tendência que domina o país
- 6 Atenção para o mercado imobiliário
- 7 CasaTemporada.com como protagonista
Cidades médias viram novas estrelas do turismo
O levantamento do CasaTemporada, plataforma com mais de 10 anos de experiência em locações de curta duração, mostra que o aluguel por temporada cresceu 32% em 2025, relatório dos últimos 12 meses comparado com o mesmo período do ano anterior. Destinos antes esquecidos agora atraem milhares de turistas em busca de casas completas, com cozinha, espaço para trabalhar e lazer.

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Turistas internacionais reforçam a demanda
Segundo o Ministério do Turismo/Embratur, o Brasil recebeu quase 8 milhões de visitantes estrangeiros nos primeiros 10 meses de 2025, ampliando o impacto econômico de destinos que antes recebiam turistas apenas no verão.
Turismo nacional registra avanço nas reservas e Nordeste lidera crescimento, aponta CasaTemporada
O mercado de aluguel de temporada registrou forte avanço no último ano. Dados da plataforma Casa Temporada indicam que as reservas em destinos nacionais cresceram entre 9% e 32% nos últimos 12 meses, na comparação com o período anterior. O aumento é puxado por viagens curtas, busca por natureza e preferência por casas amplas e com piscina.
No Sudeste, cidades como Atibaia, Mairiporã, São Roque Campinas, Guarujá, Ubatuba, Ilhabela, Campos do Jordão, Paraty, Petrópolis, Búzios, Angra dos Reis, Bertioga, São Sebastião, Rio de Janeiro, Guarapari, São Paulo, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Praia Grande, Capitólio, Barra da Tijuca, Marataízes, Vila Velha, Vitória, Itanhaém, e Santos tiveram altas entre 12% e 28%, impulsionadas pela procura por hospedagens familiares e de fácil acesso a partir das capitais.
O Nordeste concentrou alguns dos maiores crescimentos do país: Porto de Galinhas, Porto Seguro, Camaçari, Salvador, Mata de São João, Ilhéus, Itacaré, Recife, Praia dos Carneiros, João Pessoa, Maragogi, São Luís,Ponta Negra, Arraial d’ajuda, Maceió, Natal, Jericoacoara, Pipa, Itacaré, Morro de São Paulo, Fortaleza, Aracaju, Aquiraz e Caucaia avançaram entre 18% e 32%, segundo o CasaTemporada, refletindo a preferência por casas com piscina e experiências próximas à natureza.
No Sul, Gramado, Canela, Porto Alegre, Bombinhas, Itapema, Florianópolis e Balneário Camboriú, Meia Praia, Garopaba, Praia da Ferrugem, Palhoça, Praia dos Ingleses, Canasvieiras, Imbituba, Jurerê Praia do Rosa, Mariscal, Jurerê Internacional, Quatro Ilhas, Praia de Bombas, Governador Celso Ramos, Penha, Itapoá, Porto Belo, Barra Velha, Sâo Francisco do Sul, Itajaí, Balneário Piçarras, Zimbros, Canto Grande, Campeche, Curitiba, Foz do Iguaçu, Matinhos, Caiobá, Porto Rico, Pontal do Paraná, Guaratuba, Maringá, Londrina e Cascavel registraram incrementos entre 10% e 23%, com destaque para o aumento de estadias longas.
Já no Centro-Oeste, Bonito, Caldas Novas, Goiânia, Rio Quente, Pirenópolis, Brasília e Chapada dos Veadeiros apresentaram expansão entre 9% e 22%, impulsionadas pelo ecoturismo. No Norte, Alter do Chão e Presidente Figueiredo cresceram de 12% a 26%.
Segundo o Site Casa Temporada, a tendência deve continuar em 2026 com turistas priorizando destinos de natureza, experiências imersivas e hospedagens exclusivas.
Impacto econômico vai muito além da hospedagem
O estudo do Casa Temporada mostra que cada R$ 1 gasto em aluguel por temporada gera R$ 4,20 na economia local, considerando:
- Restaurantes e mercados
- Transporte e passeios
- Serviços domésticos
- Comércio de bairro
Microtemporadas: a nova tendência que domina o país
O levantamento feito pelo CasaTemporada identificou a chamada microtemporada: estadias de 2 a 4 dias ao longo do mês, muito procuradas por famílias e trabalhadores remotos. Elas já representam 37% das reservas e explicam por que cidades médias e pequenas agora recebem turistas durante todo o ano, não apenas em feriados prolongados.
Atenção para o mercado imobiliário
Estudos mostram que o aumento de imóveis ofertados em plataformas de aluguel por temporada pode pressionar os preços de locação residencial nas cidades mais turísticas, porque os imóveis saem do mercado de longo prazo e reduzem a oferta disponível para moradores. Este efeito já foi documentado em análises urbanas:
- FGV – Airbnb no Rio de Janeiro: crescimento de imóveis de temporada associado a elevação de preços residenciais.
- Índice FipeZap: Alugueis residenciais no Brasil subiram mais que a inflação em 2024, especialmente em Salvador.
- Deolhonailha: valorização próxima a 20% ao ano, evidenciando pressão no mercado local
Especialistas recomendam políticas públicas equilibradas para conciliar turismo e oferta de moradia permanente, evitando que moradores antigos sejam pressionados pelos aumentos nos aluguéis de longo prazo.
CasaTemporada.com como protagonista
A plataforma de Locações por Temporada gerencia mais de 20 mil propriedades ativos e mais de 2 milhões de usuários anuais, oferecendo dados e ferramentas que ajudam tanto anfitriões quanto gestores públicos a acompanhar tendências e planejar políticas locais.
“Nosso objetivo é mostrar que o aluguel de temporada não é apenas uma alternativa de hospedagem — é um motor econômico real e mensurável.” Thiago Moresqui, porta-voz do CasaTemporada.com
O aluguel por temporada não é mais apenas uma alternativa de hospedagem. É uma força econômica crescente, capaz de distribuir renda, gerar empregos e transformar cidades médias e pequenas em pólos de turismo nacional e internacional.
Com dados do IBGE, Ministério do Turismo/Embratur e análises do CasaTemporada, o setor demonstra que a revolução do turismo brasileiro está apenas começando.






